segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Política Industrial

Como interventor, foi o executor do programa de Vargas, ajudando-o a construir as bases para o desenvolvimento industrial do país. Em outubro de 1938 organizou o Conselho de Expansão Econômica, com figuras de relevo dos setores industrial, agrícola e comercial. Aí se debatia os melhores caminhos para o investimento do capital privado e o apoio que o Estado poderia dar para viabilizar novos empreendimentos. Alias, essa foi uma das características marcantes das administrações comandadas por Adhemar de Barros: -chamar os setores responsáveis pela produção para debater com os técnicos do Estado os caminhos para o desenvolvimento. No início de 1939, por exemplo, chamou o Conselho para debater soluções para a crise que se apresentava na indústria têxtil.

Quando deixou o governo em 1941, esse Conselho ficou paralisado até que ele, eleito, voltou ao governo em 1947. Em 1948 já havia realizado 28 reuniões. O Conselho sugeriu e Adhemar executou, entre outras obras, o Entreposto de Pescado e Câmaras Frigoríficas em Santos; Estaleiros também no litoral santista. Atendendo reivindicação dos usineiros de açúcar, decretou a mistura de 15% de álcool à gasolina. Voltando ao governo em 1963, criou o Fundo de Expansão da Indústria de Base e o Fundo para Financiamento da Industria de Bens de Produção. Em 1944 criou o Departamento de Produção Industrial.

Dizia às classes produtoras que movimentando o tesouro do Estado para grandes obras, fomentando a economia, formando técnicos, facilitando o desenvolvimento da indústria, do comércio e da lavoura, estava contribuindo para o crescimento da iniciativa privada na produção. Chamava insistentemente os empresários a investirem na industria. Eleito para governar no período 1947-1951, fez com que o Instituto de Pesquisa Tecnológica – IPT -, em colaboração com a Escola Politécnica da USP, se transformasse em instrumento para o fomento à indústria através de programas de assistência técnica envolvendo pesquisa e formação profissional.

A Cosipa, idealizada na década de 50, só entrou em funcionamento em 1964, produzindo 800 mil toneladas. Era muito importante porque São Paulo concentrava mais de 50% da demanda de aço do país.

O Banco do Estado, multiplicando as agências pelos municípios do interior financiou em grande parte a descentralização da produção industrial.