segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Política Energética

O problema da energia era crucial no Brasil das décadas 1930, 1940 e 1950. O rápido desenvolvimento urbano e a industrialização geravam desusado incremento na demanda e a produção não a acompanhava. País de imensos recursos hídricos não tinha, no início, recursos financeiros nem tecnológicos para seu aproveitamento. Pregava a necessidade de um esforço conjunto entre os governos federal e estaduais e a iniciativa privada para solucionar a questão.

Como interventor, liberou recursos e realizou obras que viabilizaram o projeto da Light para os rios Tietê e Pinheiros e o complexo das represas que alimentam as turbinas da usina de Cubatão e colocou em funcionamento os sistemas de Paraibuna e Paraitinga.

Em 1949, como governador eleito, fez com que a Cia. Geral de Eletricidade realizasse os estudos para aproveitamento do Rio Pardo. Nesse mesmo ano o Instituto Geográfico e Geológico realizou levantamento topográfico dos rios Paranapanema, Tietê, Taquari, Batalha, Barra Mansa, Paraná e Itararé numa extensão de 1.735 KM. Também realizou estudos das cachoeiras.

Também foi durante esse seu segundo mandato que Adhemar com o engenheiro Caio Dias Batista na Secretaria de Obras e os engenheiros Machado de Campos e Lucas Nogueira Garcez, criou a Comissão de Energia Hidroelétrica, aprovando uma política energética que vem sendo executada até hoje. A primeira grande obra projetada foi a Usina de Salto Grande.

Em 1963, promoveu estudos para unificação das empresas de eletrificação e propiciou a criação das Centrais Elétricas de São Paulo – Cesp, agrupando as Centrais Elétricas de Urubupunga – Celusa, Centrais Hidrelétricas do Rio Pardo –,Cherp e Usinas Elétricas do Paranapanema – Uselpa. É dessa época também a execução de extenso plano de Eletrificação Rural.

Em maio de 1964, o sistema Ligth tinha, além de Cubatão, a usina termoelétrica de Piratininga, e o governo do Estado estava administrando as usinas de Barra Bonita, Graminha e a construção do complexo de Urubupunga (Jupiá e Ilha Solteira).

E segundo os planos existentes, até 1970 deveriam estar em pleno funcionamento várias usinas novas no Estado: Limoeiro, Euclides da Cunha, Bariri, Graminha, Xavantes, Piraju, Ibitinga, Caraguatatuba e Urubupungá, agregando 3.000.000 kw mais que o dobro da existe.